SP-Foto/Art

Velhos caminhos, novos olhares
por Rosângela Fialho

Edifício Copan © Rosângela Fialho Photography
Edifício Copan © Rosângela Fialho Photography

“Velhos caminhos, novos olhares e perspectivas” faz parte do projeto SP-Foto/Art.
Tudo começou com um passeio fotográfico realizado pelo Foto Cine Clube Bandeirante ao centro de São Paulo, em 2012. De inicio, imaginava fotografar por simples prazer de voltar a registrar o centro histórico de São Paulo. O passeio foi extremamente agradável e enriquecedor o que resultou em imagens que me inspiraram a um novo começo na fotografia. Comecei a me dedicar a vagar prazerosamente pelo espaço urbano da cidade de São Paulo, explorando, sendo afetada pelo desenho da cidade e a retratando, mas também tendo um envolvimento cultural. “Sair andando sem rumo, sem pauta é o melhor”. Pode revelar mais do que os caminhos habituais sugerem, inspirar novos olhares e mostrar lugares que pareciam escondidos. “A beleza escondida do cotidiano.” Fazer ver que existe vida nos caminhos de todo dia, seja num grafite, numa praça, num monumento histórico, num prédio para o qual só se olhava o rodapé, e não a bela cúpula, ou na vizinhança, que sempre esteve lá, mas que não fazia parte da rota do olhar habitual. A pauta é o que está à minha frente, em cada encontro.

A cidade de SP tem um lugar especial no meu coração. Nasci, cresci, moro e trabalho em SP. Lembro-me às vezes que fiquei longe de Sampa, na infância foram 4 anos, uma eternidade, rs, e outra na minha adolescência, senti saudades e uma vontade louca de voltar. É como se não soubesse viver sem, São Paulo. Espero ficar por aqui muitos anos, porque preciso de muitos anos para fotografa-la. É o que pretendo, fotografa-la sem parar e espero conseguir mostrar a todos através do meu olhar na fotografia os meus sentimentos por uma São Paulo que costumo contemplar. Espero revelar a força e o lirismo que ainda têm essas paisagens urbanas.

Prefiro fotografar a metrópole em P&b, consigo extrair melhor a poesia das cenas, aparentemente “comuns” do cotidiano por onde passo, mas a cor também faz parte. A fotografia em cor gosto mais de fotografar trabalhos no qual preparo as fotos, que manipulo a imagem, a cor e a luz, sombra, enfim, de forma a expressar o que deseja o cliente. Durante um ensaio de moda, a fotografia de um produto no estúdio, por exemplo.

Sou uma pessoa que me preocupo com a geografia humana, esteja onde estiver, mas não é o meu estilo a fotografia de denúncia. Não tenho o perfil de repórter fotográfico típico, extremamente ligado ao factual. Meu olhar é mais voltado para a estética e a beleza das imagens. Prefiro mostrar o lado poético da vida, o qual acredito que viemos para viver bons momentos. “Acredito que tudo na vida tem seu lado bom”. O que é fruto de um estado de espírito, uma postura positiva, do meu modo de ver a vida. “E assim se faz a fotografia na minha vida”.

“A fotografia se faz poesia, capaz de interromper a narração, de dissolver o espaço, de suspender o tempo. A fotografia. Brusca iluminação, evidência, em que falham as palavras. Uma tristeza que o sombreie, um estado de graça que o ilumine”.

              Apresentação Portfólio@rofialho_

Solicitação de licença das fotos via e-mail: rosangelafialho@gmail.com

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